Eu só comecei a ir para
as baladas aos 18 anos. Muitas vezes minha mãe me levava e ficava comigo,
Thaís, Thathí, Aline e Bruna. O nosso lugar preferido era o Lucena Bar, na
Lapa.
Eu gostava muito de andar
na região da 25 de março e ir ao Brás para fazer compras. (Ia muito na 25 de
março para comprar material para fazer bijuterias. Eu vendia). Na maioria das
vezes, ia com minha prima Thaís, às vezes, a Thathí, a Aline, a Bruna, minha
mãe e/ou meu pai me acompanhavam ou eu os acompanhava.
Frequentava a igreja e
participava...
Gostava de festas,
quermesses, parques...
Adorava o Playcenter,
principalmente nas “Noites de Terror”... Nossa, como eu me divertia!
Quando a dupla Pedro e
Thiago foi lançada em 2002, eu me apaixonei. Nunca tinha gostado tanto de um
artista a ponto de me tornar fã, ainda mais assim, logo de cara.
A primeira vez que os vi
pessoalmente foi quando a minha prima Thathí foi sorteada em uma promoção da
rádio Nativa FM, para participar de um encontro de fãs com seus ídolos, Pedro e
Thiago. Ela levou a irmã Thaís e eu fui junto. E consegui vê-los de perto,
apesar da confusão no local. Eu fiquei fissurada em Pedro e Thiago.
Assistia a todos os programas em que eles compareciam, me inscrevia em
promoções e fui em dois shows de 1º de maio só para vê-los (um milhão e meio de
pessoas e eu e minhas primas sendo esmagadas lá na frente. No primeiro 1º de
maio, minha irmã passou mal e desmaiou. Foi socorrida e minha mãe a levou pra
casa. No segundo, minha mãe e a Bruna não foram). Se tinha sessão de autógrafos
eu ia, programas de rádio e tv... às vezes conseguia entrar, mas geralmente
ficava do lado de fora, esperando eles saírem. (Muitas vezes vi Pedro e Thiago
entrarem e sairem das emissoras de rádio e tv). Eles até já nos conheciam
(éramos um pequeno grupo de fãs) e paravam o carro para que a gente pudesse
abraçar, beijar, tirar fotos... Muitas vezes eu via a dupla em um lugar,
descobria pra onde iriam e ia atrás. O que me deixava ainda mais
apaixonada era a humildade e a simplicidade da dupla. Mas, não era sempre que
eu conseguia ir vê-los por causa da minha saúde.
Eu nunca consegui
conversar direito com nenhum dos dois. As fãs mais “atiradas” não deixavam, e
eu tinha vergonha e não sabia o que falar. Em novembro de 2007 eu,
minha irmã e mais algumas fãs participamos de um jantar com a dupla. Foi muito
especial, uma noite linda! Os meninos foram atenciosos e muito gentis. Vieram
até mim para cumprimentar e tirar fotos. O Pedro ficou quase o jantar todo
sentado ao meu lado, já que eu não podia ir até eles... Tocou violão e
cantaram. Até bolo na boca eu ganhei! Rs... A Cida, mãe do Pedro, também foi
muito gentil e atenciosa comigo. Em 2008 minha mãe me levou, junto com minha
amiga, Andréia Viotto (Déia), ao único show da dupla que eu fui. Conheci
a Déia na porta de uma rádio. Porém, estudávamos na mesma escola. Ela é uma
amiga muito querida. Em 2009 assisti a um reality show só por causa do
Pedro, que estava participando.
No dia 20 de abril de
2012, o Pedro sofreu um gravíssimo acidente de carro e quase faleceu. Fiquei
desolada. Mas, eu não perdia a esperança e a fé, mesmo quando ele teve uma
parada de seis minutos, e me diziam que se ele escapasse, teria sequelas
graves. Eu estava numa corrente de oração com muitos brasileiros em favor da
recuperação de Pedro. E, graças a Deus deu certo. Dia 9 de julho, ele teve
alta. E eu estava lá, na porta do hospital com minha camiseta escrito: “Força
Pedro / Fã Clube Amor Eterno”, para participar daquele momento tão especial. A
dupla acabou. Hoje o Pedro é apresentador de tv e o Thiago segue carreira
solo. Ficou um grande carinho por essa dupla linda, que eu amei muito.
Em 2005 começou a ser
exibida no Brasil a novela mexicana REBELDE. Eu comecei a acompanhar e logo
virei fã da banda RBD, que saiu da novela pra vida real devido ao grande
sucesso na ficção. Foi aí que peguei gosto pelo idioma deles, o espanhol.
Quando o RBD veio ao
Brasil pela primeira vez, em 2006, eu, minha irmã (que também era fã) e minha
prima Suzan (que na época estava morando na minha casa, e nós praticamente
arrastamos ela) fomos vê-los na rádio Gazeta Fm. Nesse dia eu entrei na
hemodiálise às 6h e saí às 10h e elas foram me encontrar na estação Jd São
Paulo do metrô. Ficamos em frente à rádio Gazeta FM (Fundação Cásper Líbero)
até às 21h e pouco para vê-los por uns 5 minutinhos. Mas vale todo o cansaço, a
fome, o frio e a chuva que enfrentamos para termos “aquele momento” em que eles
apareceram e ficaram lá acenando pra nós. Foi uma sensação inesquecível e
indescritível. Até Suzan gostou.
Eu e minha irmã também
fomos ver o RBD no estacionamento do Extra Hipermercado no shopping Fiesta, na
região de Guarapiranga (longe pra caramba da minha casa! Saímos de casa umas
5:30 e chagamos lá por volta das 8:30). A banda iria dar autógrafos e cantar
três músicas. Todas as senhas para os autógrafos já tinham sido distribuídas.
Estava lotado, mas resolvemos ficar para vê-los cantar. Tentamos chegar perto
da grade, mas estava muito tumultuado, quase caímos no meio da multidão, que
fazia ondas por causa do empurra-empurra. Puxei a Bruna e fomos pra trás,
apesar da resistência dela. Quando o RDB chegou foi uma loucura. Estávamos
curtindo o mini show quando, de repente, formou-se um buraco na nossa frente, a
música parou e a banda saiu... Ouvimos sirenes e apareceram helicópteros...
Pessoas correram pra dentro do shopping... Pessoas passaram por nós machucadas,
sem sapatos, chorando... Estava uma gritaria... Não entendemos nada e fomos
embora. Depois soubemos da tragédia que havia acontecido... O
alambrado foi forçado pela multidão e desabou. 3 pessoas morreram pisoteadas e
mais de 40 ficaram feridas.
Quando o RBD voltou ao
Brasil fomos ao show, que aconteceu no Estádio do Morumbi. Apesar de tudo que
passamos para conseguir ir e da grana que gastamos, sem ter (precisei pedir
emprestado). Sem nenhum arrependimento. Foi lindo! A realização de um sonho.
Quando o RBD veio ao
Brasil para o último “Tour del Adiós” (a banda se separou) também fomos ao
show, que aconteceu no Arena Anhembi. Eu já tinha tido o AVC e não tinha
cadeira de rodas. Minha irmã e a amiga dela me ajudaram com muita dificuldade a
chegar até o posto dos bombeiros, onde conseguimos uma cadeira de rodas. Foi
muito difícil, mas valeu a pena. O show foi incrível! A fase do RBD
foi muito legal. Eu, minha irmã e minhas primas cantávamos e fazíamos as
coreografias da banda. Adorávamos. Acabou, mas confesso... Deixou saudades.
Eu não poderia deixar de
contar as coisas que eu gostava de fazer e os episódio que me marcaram com meus
primeiros ídolos.
No Playcenter com as primas Thaís, Thathí e Isabela. |
Na balada. |
Jantar com Pedro e Thiago. Na foto comigo e a dupla, minha irmã Bruna e minha amiga Déia. |
Estádio do Morumbi. Primeiro show do RBD em São Paulo. (Foto da internet) |
Primeiro show em São Paulo. (Foto da internet). |
Com a Bruna no Tour del Adiós. |
No Tour del Adiós. |
Tour del Adiós - Arena Anhembi. |
Tour del Adiós - Ser o Parecer. São Paulo.
Emoção indescritível!
Tour del Adiós - Inalcanzable. São Paulo.
Ser fã do RBD foi uma experiência incrível! Era lindo se unir ao coro de milhares de pessoas, muito emocionante! Pena que nunca consegui realizar o sonho de abraça-los e dizer o quanto eu os amava.